DE FRENTE PARA O VENTO.
Com o passar não do tempo e sim das decepções...
O homem vai aprendendo a se calar...
Chega um dia que ele se assusta com sua voz que já se faz estranha...
E nesta sanha tamanha que se avizinha e faz morada o homem descobre que seu lar se fez estrada...
Que seus companheiros de morada...
São a paisagem e o vento...
Que caminham juntos sem destino...
Como libertos peregrinos...
A abusar da cumplicidade...
Sem palavras e sem maldades...
Sem intrigas ou decepções...
O vento aponta a direção e a paisagem acompanha os passos...
Quando tiver sede ou cansaço...
O vento apresenta a fonte...
Depois de saciada a sede uma árvore frondosa estende um tapete de relva fresca para um longo descansar...
E assim voa os pensamentos do ser livre das pequenas coisas que prendem o homem nas entranhas das maldades...
A liberdade plena e insana objeto de todo homem que reclama...
Por um dia de vida apenas, nada mais!!!