Textos
“O CHEIRO DAS MADRUGADAS”
O barulho aos poucos vai diminuindo...
As ruas vão ficando desertas...
A fumaça dos carros aos poucos vai sumindo...
Apenas poucos bares continuam de portas abertas!!!
Dentro deles pessoas iguais a mim...
Degustam um pouco de bebida para esquecer a rotina...
A vida não tem sido um lindo jardim...
No peito uma grande melancolia!!!
De copo em copo vão-se aliviando as tensões...
Pessoas se esbarram nos corredores esfumaçados...
O som alto aguça as emoções...
Aos poucos vamos ficando resignados!!!
La fora a vida continua...
Carregada com todas as suas nuances...
Mas aqui no bar até que por magica...
Nada será como antes!!!
Bebemos as nossas magoas...
Na esperança de que nunca mais voltem...
Mas isso é só uma fuga...
Amanha os problemas se amontoam!!!
De noite eu busco um porto seguro...
Naufragando em cada balcão...
Depois caminho no escuro...
Procurando refugio num triste colchão!!!
Às vezes encontro companhia...
Na maioria das vezes não...
A solidão é a minha parceira...
Que vez ou outra afaga meu velho coração!!!
O cheiro das madrugadas...
Nem sempre são amigos...
Me pego olhando a porta de entrada...
Tentando reconhecer um perfume conhecido!!!
Assim como todas as outras noites...
Ela não veio me alegrar...
A madrugada tem sido um açoite...
Vou para casa chorar!!!
EDSON MILTON RIBEIRO PAES
Enviado por EDSON MILTON RIBEIRO PAES em 25/09/2017
Alterado em 25/09/2017