Textos
“ABISMOS”
Ando muito próximo do frio que gela...
Da estrada estreita...
E da faca afiada...
Dou o meu máximo a lady singela...
A família perfeita...
A casa com cortina amarela...
Mas vejo o inimigo na espreita...
O perigo na cerca...
E eu olhando pela janela!!!
No abismo da agonia...
Quando minha alma se sente vazia...
Vejo ameaças de frente...
Sinto os meus muito ausentes...
E me da uma enorme melancolia!!!
Neste desfiladeiro imposto...
Que ando não por meu gosto...
Percebo a maldade a vista...
Sei que posso contar com a conquista...
Mas não tenho vontade de lutar...
Não entendo porque para poder ganhar...
Alguém tem que sucumbir...
E neste triste ir e vir...
Este abismo medonho...
Que faz eu esquecer todos os sonhos...
E viver este pesadelo...
Transformando a existência em um exagero...
Eu paro no meio da noite...
Meu corpo cansado do açoite...
Clama por dias sem dor...
Implora por um pouco de amor...
E sangra a visão pequena...
O gosto no canto da boca...
Traz uma infeliz razão tão pouca...
Que não aceita injustiças...
E que não precisa de mais noticias...
Para saber que há um pouco mais de vida...
Embora tenha muitas feridas...
Insiste deste abismo passar...
Pois entendo que a qualquer momento...
Meus lábios não proferiram mais lamentos...
E o coração voltara a amar!!!
EDSON MILTON RIBEIRO PAES
Enviado por EDSON MILTON RIBEIRO PAES em 19/07/2013
Alterado em 11/01/2014